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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Ebola

Queridos leitores.

Quem lê minhas raras postagens sabe que procuro sempre falar sobre livros que influenciam o mundo e de fatos que influenciam livros. Gosto de pensar que contribuo um pouquinho para o despertar das consciências, tão necessário em nossos dias.

Há tempos fiz uma postagem sobre epidemias: Zona Quente: a Natureza Contra-ataca

Infelizmente, um dos vírus mais devastadores já descobertos está à solta na África: o ebola.

Muito provavelmente os que estejam lendo essa postagem se sintam como eu. Tristes, temerosos pela suspeita dadoença no Brasil, mas esperansosos no poder da solidariedade humana.

Leiam este texto da Avaaz e repassem a tantos quanto puderem. É um texto enorme, mas muito importante para ser ignorado. E se tiverem as qualificações necessárias e um desejo enorme de fazer a diferença, contribuam!


Caros membros da Avaaz,



O Ebola ameaça a todos nós. Precisamos urgentemente de voluntários para conter o vírus. Se apenas 120 médicos da nossa comunidade se tornarem voluntários, duplicaremos o número de médicos na Serra Leoa. Outras habilidades – na área de saúde, saneamento, logística – também são de grande ajuda. Este é um chamado para servir à humanidade da maneira mais profunda possível, assumindo um risco real pelo bem de outros seres humanos. Cliquem para saber mais e mostrar gratidão aos membros da comunidade que já tomaram essa decisão e se tornaram voluntários:

mobilize-se
Há três semanas, centenas de milhares de nós fomos às ruas para lutar contra as mudanças climáticas. Nesta semana, vamos sair do mundo virtual para dar um fim ao Ebola.

O vírus do Ebola está saindo do controle. Os casos na África Ocidental estão dobrando a cada duas ou três semanas e a última pesquisa estimou que 1,4 milhão de pessoas podem estar infectadas até meados de janeiro do ano que vem. Neste ritmo, esse monstro ameaçará o mundo inteiro em breve.

Os surtos de Ebola que aconteceram antes foram contidos diversas vezes e infectaram um número muito pequeno de pessoas. Mas a escala da atual epidemia tomou conta dos frágeis sistemas de saúde da região. A Libéria, por exemplo, tem menos de 1 médico para cada 100 mil pessoas. Vários países estão fornecendo recursos para combater o vírus, mas simplesmente não há médicos suficientes para acabar com a epidemia.

É aí que nós entramos. Neste momento, 39 milhões de pessoas estão recebendo este mesmo email. Em uma pesquisa da Avaaz, 6% dos membros da nossa comunidade afirmaram ser profissionais da área da saúde – médicos ou enfermeiros. São quase 2 milhões de pessoas! Se apenas 120 médicos da nossa lista se tornarem voluntários, duplicaremos o número de médicos na Serra Leoa hoje.

Outros voluntários também podem ajudar: técnicos de laboratório, operadores de logística, trabalhadores especializados no tratamento de água e saneamento e da área de transporte. Tornar-se voluntário implica muito mais do que tempo: implica correr o risco. O vírus do Ebola é altamente contagioso. Vários profissionais de saúde já morreram lutando contra ele. Mas se há um lugar onde podemos achar candidatos dispostos a correr esse risco pelo bem de outros seres humanos é na nossa comunidade. Eu, e outros colaboradores da Avaaz, estamos prontos para correr esse risco com vocês, viajando para a linha de frente da crise.

Coisas incríveis surgem quando ouvimos a voz que há dentro de nós. Aos profissionais da área de saúde da nossa comunidade e àqueles que possuem outras habilidades que podem ajudar, eu faço um pedido: parem por um instante, escutem a voz sincera e confiante que há dentro de vocês, e sigam o que ela lhes disser.

Cliquem no link abaixo para se tornar voluntários, ler as mensagens de outros voluntários contando porque eles tomaram essa decisão ou deixar uma mensagem de encorajamento e gratidão para eles:  


https://secure.avaaz.org/po/ebola_volunteers_thank_you_3/?bmFRReb& ;v=47408

Esse comprometimento é apenas o primeiro passo. Vocês precisarão ser fluentes em inglês ou francês. Os candidatos precisarão fornecer e receber muitas informações para garantir que são aptos para o trabalho. Provavelmente vocês terão que discutir sobre essa decisão com seus parentes e amigos antes, mas, é claro, será possível desistir do processo a qualquer momento. A Avaaz está trabalhando com as organizações Partners in Health, Save the Children e a International Medical Corps, três das principais organizações que estão combatendo essa doença fatal. Também estamos conversando com os governos da Libéria, Serra Leoa, Guiné, e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O risco é real, mas também há maneiras de contê-lo. O Ebola é um vírus transmitido por meio do contato humano; por isso, se tomarmos muito cuidado com o contato físico com outras pessoas, o risco de contrair o Ebola pode ser minimizado. Até agora, 94 profissionais de saúde já morreram de Ebola na Libéria, mas a maioria deles eram profissionais de saúde nacionais que tristemente estão menos bem equipados do que os voluntários internacionais. Com tratamento, as chances de sobreviver são maiores que 50%.

Muitos de nós, policiais, ativistas e soldados, temos empregos que envolvem correr algum tipo de risco de vida pelo nosso país. É a declaração mais forte que podemos fazer sobre pelo que vale a pena viver. Correr este risco para acabar com o Ebola mostra claramente que nossos companheiros seres humanos, onde quer que estejam, merecem viver:


https://secure.avaaz.org/po/ebola_volunteers_thank_you_3/?bmFRReb&v=47408

Se o Ebola continuar saindo do controle, poderá rapidamente ameacar a todos nós. Vejam como dependemos uns dos outros: um sistema de saúde frácil em um pequeno país pode fazer com que esse monstro ameace a humanidade. Mas essa interdependência vai além de interesses em comum. Estamos todos conectados em uma comunidade de seres humanos. Todas as mentiras que nos separam, sobre nações, religião e sexualidade, estão caindo por terra, e estamos percebendo que, no final das contas, somos um único povo, uma única tribo. Uma jovem mà£e e sua filha na Libéria sentem o mesmo medo, e amam da mesma forma, que uma jovem mãe e sua filha no Brasil ou na Holanda. E, ao darmos espaço para essa compreensão, um novo mundo surge. São os momentos de maior escuridão que fazem nossa luz brilhar com mais intensidade. Diante do profundo pesadelo do Ebola, vamos trazer a luz de um novo mundo e um novo povo, conectados por meio do amor e do desejo de lutar, e se sacrificar, uns pelos outros.

Com esperança e determinação,

Ricken, John, Alice, Danny, Richard, Antonia, Alaphia, Bert e toda a equipe da Avaaz

Mais informações:
Entenda como o Ebola é transmitido (UOL)
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2014/08 /24/entenda-como-o-ebola-e-transmitido.htm
Ebola: OMS pede manutenção de esforços para barrar epidemia (Agàªncia Brasil)
http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2014-09/ebola-oms-pede-manutencao-de-esforco s-para-barrar-epidemia

Paciente com ebola identificado no Brasil (Folha)
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/10/1530277-paciente-com-suspeita-de-ebola-e-transferido-ao-rio-de-janeiro.shtml

Ebol a já causou 3.091 mortes em cinco países da África, alerta a OMS (G1)
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/09/ebola-ja-causou-3091-mortes-em-cinco-paises-da-africa-alerta-oms.html

Europa prepara-se para o pior surto de ébola na história (Euronews)
http://pt.euro news.com/2014/10/09/europa-prepara-se-para-o-pior-surto-de-ebola-na-historia/

Já morreram 3865 pessoas devido ao vírus do ébola (Diário de Notícias)
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=4169330



Fontes em inglês:
Até 1,4 milhão de pessoas poderão estar infectadas com Ebola até janeiro, alerta CDC (The Guardian)
http://www.theguardian.com/society/2014/sep/23/ebola-cdc-millions-infected-quarantine-africa-epidemic

Casos e epidemias do vírus Ebola, em ordem cronológica (Centers for Disease Control and Prevention)
http://www.cdc.gov/vhf/ebola/outbreaks/history/chronology.html

Ebola “devorando tudo que encontra pela frente” (Al Jazeera)
http://www.aljazeera.com/news/africa/2014/09/ebola-devouring-everything-path-201499161646914388.html

Taxa de morte de Ebola é de 70% - estudo da OMS (BBC)
http://www.bbc.com/news/world-africa-29327741

Número nunca visto antes de profissionais da saúde infectados com Ebola (OMS)
http://www.who.int/mediacen tre/news/ebola/25-august-2014/en/

sábado, 21 de setembro de 2013

O advento do iOS 7: reações de uma leitora ao aborto de uma voz

A atualização para o iOS 7, nova versão do sistema para dispositivos móveis da Apple sucitou reações bem interessantes de muitas pessoas. No quesito acessibilidade algumas são hilárias e muito inteligentes! Isso reavivou uma vontade antiga que tenho de fazer uma série de postagens a respeito de acessibilidade ou pessoas com algum tipo de deficiência.

Mas antes de falar diretamente dos livrinhos que tanto lhes interessam, gostaria de gargalhar convosco e ao mesmo tempo prestigiar minha querida amiga, a Jóice Guerra, que fez um texto maravilhoso sobre a Raquel, uma voz sintetizada, que tem sido usada no controle por voz e no leitor de telas do iOS desde o iPhone 3gs.
Ela é uma verdadeira artista da palavra! Não me espanto nada se qualquer dia desses ela resolver escrever um livro...
Leiam e confiram abaixo:

Raquel, ao que tu foste, ao que tu representaste, quero dizer que perdoo tua irremediável falta de pontuação. Perdoo sua dificuldade patológica de dizer certos fonemas. Perdoo o talento adquirido nas últimas versões de soprar nos momentos menos esperáveis, numa legítima flatulência verbal. Perdoo tudo que não foste e agradeço tudo que fizeste por mim. Agora, há poucos minutos de seres silenciada para sempre, tua voz ainda me serve, contando, em auto som, o tempo que sobra para teu silêncio eterno, para o seu emudecimento final. Tu, que foste tão bastamente criticada, também tiveste teu tempo de glória, quando nós a recebemos em júbilos e alívio, escravos que éramos da voz asmática do Virtual Vision e outras que tais. Bendita sejas, Raquel! Que o silêncio que agora te absorve, absolva-nos das imprecações ingratas que lançamos contra tua quase pessoa. Que a injustiça das tecnologias obsoletas te preserve do esquecimento total. Que a nossa gratidão tardia toque, de algum modo, tuas cordas de metal. Vá em paz, Raquel. Meu ipad mini jamais esquecerá de ti... Nem eu.

Abraços fúnebres!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Meu Ideal

Estava lendo alguns e-mails e recebi, de uma amiga esta linda crônica de Ruben Braga. Pensei que ela é o ideal de todo bom escritor e de todo bom leitor. Espero que apreciem, é realmente linda.

 

       MEU IDEAL


       SERIA ESCREVER...

        MEU ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta
quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse — "ai meu Deus, que
história mais engraçada!" E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a
história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que
minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa,
enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria — "mas
essa história é mesmo muito engraçada!"
        Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher
bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e
começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse
conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir
mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a
alegria perdida de estarem juntos.
        Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse — e tão fascinante de
graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o
comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aquelas pobres
mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse — "por favor, se comportem, que diabo! eu não gosto de prender
ninguém!" E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e
espontânea homenagem à minha história.
        E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa,
na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago — mas que em todas as línguas ela guardasse a sua
frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre,
muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida;
valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com
certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse
morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina."
        E quando todos me perguntassem — "mas de onde é que você tirou essa história?" — eu responderia que ela não
é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal
começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história..."
        E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo,
quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto sozinha naquela
pequena casa cinzenta de meu bairro.

 

Rubem Braga

Fonte:

BRAGA, Rubem. A traição das elegantes, Editora Sabiá, Rio de Janeiro, 1967.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Uma pequena grande mudança

Os amigos que visitam meu blog devem ter estranhado a repentina mudança do título.

Decidi mudar quando percebi que estava falando muito mais de livros do que sobre todos os assuntos aos quais me propuz. Percebi que o blog foi tomando forma quase sozinho, desenvolvendo uma personalidade própria, tal qual a do dono.

O objetivo principal  é refletir sobre o nosso mundo a partir do maravilhoso mundo dos livros.

Como sempre, Críticas construtivas, declarações de guerra e xeques ao portador são sempre bem-vindos!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amigos, elos de uma linda corrente!

Em uma época em que palavras como violência, intolerância,
desonestidade e incompreensão se
tornaram tão comuns a ponto de estarem em evidência todos os dias na
mídia e em nossas conversas do quotidiano, é fácil pensarmos que o ser
humano é um projeto que não deu certo, que a desonestidade e a falta de
solidariedade fazem parte de
nossa psique e que apesar de todos os nobres ideais que acalentamos,
estamos fadados a nos destruirmos mutuamente por não conseguimos
transformar em ações duradouras essas ideias tão necessárias ao nosso
desenvolvimento como espécie.
Por que não criar-se então um dia da intoerância ou um dia
da inimizade
, no qual personagens notórios por seus atos de crueldade como
Hitler e outros seriam
lembrados por suas façanhas?
Penso que não fazemos isso porque a semente de uma humanidade melhor
e vitoriosa, após plantada em nossos corações, não pode ser impedida de
germinar, ainda que demore.
Todos os anos vemos exemplos de altruísmo espalhados pelo Brasil a
fora durante as
enchentes,
no
inverno e em quaisquer acontecimentos em
que seres humanos precisem se esquecer de si mesmos para dar as mãos em prol do próximo. Como vemos, é em casos extremos
que nossos mais caros ideais vêm a tona.
Imagine agora um mundo em que a solidariedade fosse parte do quotidiano de todas as pessoas, em que até um carro
novo poderias passar a diante para algum desconhecido que encontrasses com o carro quebrado em uma estrada? Imaginem
tudo isso começando por um pequeno gesto solidário para três pessoas? É esta a história contada em um dos mais lindos
livros que já li, cujo título é:
A Corrente do Bem. Neste livro,
Catherine Ryan Hyde nos mostra que mesmo um pequeno gesto pode fazer uma grande diferença e que mesmo uma criança pode
tocar nossos corações e causar profundas transformações, na família, na escola, em sua cidade e por que não, no mundo?
Acredito que a amizade será a força propulsora que nos impulsionará em direção a este mundo melhor, que cada amigo
verdadeiro pode ser um elo desta corrente transformadora. Por isso recomendo-lhes vivamente este

livro lindo
que expressa tudo aquilo que uma verdadeira amizade, não apenas entre duas pessoas, mas também entre um indivíduo e a coletividade
representa.
Feliz
dia do amigo
a todos!

sábado, 14 de maio de 2011

Zona Quente: A natureza contra-ataca!

A campanha de vacinação contra a gripe deste ano terminou ontem, mas foi prorrogada em vários estados que não conseguiram atingir a meta pretendida. É maravilhoso sentir a preocupação do governo brasileiro com a imunização de toda a população contra a gripe. Apesar de para muitos cujo sistema imunológico é super resistente isso parecer de menos importância, basta lembrar o quão mutável é esse vírus e em como é delicada a situação de idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas, como asma, só para citar um exemplo, pois a gripe pode complicar muito as saúdes já precárias dessas pessoas.
Pensando nisso, resolvi lhes indicar nesta semana um livro fantástico, cujo título é Zona Quente. Nele, Richard Preston faz parecer ficção uma apavorante história da vida real.
   Já pararam para imaginar de onde vieram alguns dos vírus mais funestos de todos os tempos, como HIV, Ebola e outros?
Através de uma rigorosa investigação, Richard reconstituiu o caminho destes vírus de seu aparente despertar até nós, revelando-nos o quanto nosso desrespeito pela natureza, através da invasão dos habitats de certos animais e da destruição desenfreada dos ecossistemas tem propiciado o surgimento de doenças há muito adormecidas.
Convido-lhes a embarcar nesta viagem do coração da África selvagem às maiores cidades do mundo na companhia do primeiro portador do vírus da AIDS e de alguns destes terríveis cavaleiros do apocalipse!

domingo, 8 de maio de 2011

Betesda: UMA MÃE!

    Hoje é um dia muito especial:
    É dia de pensarmos no amor incondicional daquelas que biológicas ou não, têm sido
A LUZ DO MUNDO de todos nós.
    Pensando nisso, resolvi convidá-los a conhecer Detesda, uma mãe da
literatura que transpira realidade. Ela foi idealizada como uma mãe do
auge do Império Romano, mas retrata mães de todos os tempos,
mostrando-nos que mãe é muito mais do que uma projenitora, porque seu
amor incondicional nos é dado graciosamente, tanto se nascemos de seu
ventre ou se chegamos a ela por outros caminhos.
    Detesda nos é apresentada por Steven Saylor, na maravilhosa coleção
de livros
Roma Sub-Rosa.
  Nela podemos encontrar a promessa de mãe presente em qualquer mulher,
no carinho por Gordiano e sua querida Bast, sua gata de estimação. A mãe
que sofre, quando Bast é morta.
A mãe que acolhe, quando se compadece de um
pobre órfão, aceitando-o como filho e entendendo seus medos e
inquietações, mesmo quando ele não podia expressá-los verbalmente. A mãe
que repreende, Quando Eco não faz suas tarefas domésticas, a mãe que
descobre segredos, quando desconfia que Eco esconde alguma coisa. A mãe
que dá a luz e se regozija com cada etapa do crescimento de seus filhos,
durante o crescimento de Gordiana. A mãe que sofre pela rebeldia filial,
quando Meto corre pelo mundo atrás de Catilina.
    Sobretudo, vemos em Betesda aquelas coisas que fazem de todas as mães verdadeiras mulheres, lindas, dignas de todo o carinho, respeito e
admiração: muito amor e uma graça cheia de mistério que faz de nós, filhos e
filhas de todos os tempos eternos admiradores desses "anjos em forma de
mulher" que nos guiam todos os dias pela linda estrada do viver.
    Obrigado mãe, por fazer de mim o que sou, aceitar o que não sou e
acreditar naquilo que posso ser!

sábado, 23 de abril de 2011

Um bom livro para a celebração da Páscoa

Neste fim de semana em que recordamos o imenso amor de Cristo por
todos nós, resolvi iniciar minha trajetória falando brevemente sobre um
verdadeiro épico. Um livro tão fantástico que se tornou filme. Trata-se
de Ben-Hur, de LEWIS WALLACE.
Sei que muitos devem estar se perguntando. "Por que eu deveria
perder tempo com o livro se já vi o filme?". A resposta para esta
pergunta é bem simples: porque imaginar é bom, estimula a criatividade e
nos compele a colocarmo-nos no lugar do outro. O advento da sétima
arte foi fantástico, mas ao atentarmos apenas para a imaginação de um
diretor, deixamos de exercitar a nossa.
Equilíbrio em tudo: uma excelente receita para o bom-viver!
Bem-Hur retrata de forma fantástica os usos e costumes dos romanos,
a justiça, os esportes, os negócios, o romance e a religião.
Mas o que torna este livro mais fantástico é o fato de Ben-Hur ter
encontrado a Jesus por duas vezes em sua vida.
Na primeira vez, Ben-hur
estava preso, totalmente desprovido de esperança e só queria um copo
d'água. Jesus não só deu-lhe de beber, mas também deu-lhe esperança.
Na segunda vez, Jesus estava preso a uma cruz. Penso que apesar de tudo, ele
devia alimentar dois sentimentos conflitantes: a certeza do dever
cumprido e a angústia por saber se sua mensagem tinha penetrado no
coração de todos que precisavam ouvi-la. Neste momento, Jesus, também
sedento, clama por um copo d'água. Ben-hur deu-lhe água, mas recebeu
em troca o perdão, um novo coração e a cura para as mulheres que mais amava.
Este livro é uma linda maneira de celebrarmos o lindo mistério da
morte e da ressurreição de cristo. Ele nos ensinou tantas coisas, muitas
das quais ainda estamos longe de aprender, mas creio que uma das mais
importantes, é que a única justificativa para qualquer sacrifício é o
amor pelos nossos semelhantes.
Que o espírito da Páscoa nos ensine a amar aos outros, assim como
Jesus nos amou.

Seja bem-vindo!

Sempre que eu falava sobre tantas coisas de que gosto, tecnologia,
acessibilidade, livros, Musicografia Braille e assuntos similares as
pessoas me diziam:
"Jean, por que tu não crias um site?". Já estudei um pouco de HTML e se
quisesse, poderia fazê-lo, mas o que eu não dizia para essas pessoas, é
que tenho preguiça, risos! Gastaria melhor meu tempo com um bom livro,
ou estudando estes assuntos que tanto me fascinam. Ainda assim,
principalmente influenciado por uma garota linda que meus amigos
conhecem bem, de tanto ouvirem falar sobre ela, resolvi criar este blog.
Até porque, sempre me sensibilizei com a oportunidade de transmitir aos
outros tantas coisas interessantes que aprendi, estudando esses
assuntos fantásticos.
Sou revisor braille, professor de informática nas horas vagas, quase
Pedagogo e um leitor inveterado!
Espero que embarquem nesta viagem comigo, para conhecerem um pouco
sobre mim e mais um pouco, através de mim próprio!
Sugestões, críticas, declarações de guerra e cheques ao portador são sempre bem-vindos!